quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Três Caras


Festa Cigana


Boto Rosa


Memorial Descritivo

Meus trabalhos remetem por vezes à simbologia que provém dos cultos afro-ameríndios e dos Impérios da Antiguidade (Egípcios, Bizantinos, Maias), além dos Hindus, Africanos, Indígenas. Essas referências tem relação com o meu trabalho de diagramadora de livros espirituais e metafísicos aliadas à curiosidade e ao permanente estudo das civilizações mundiais.
O resultado desse processo de livre associação orgânica e visceral de símbolos proveniente de universos muito diferentes está relacionado ao que Leila Frota Coelho Frota conceitua como mito-poética dos artistas auto-didatas que trabalham a partir de suas memórias afetivas e são, comumente, tido como "ingênuos".
As obras tangenciam o "realismo mágico", um gênero criado pelos críticos europeus para classificar uma arte que é comum em território latino-americano. Deste modo, incita o imaginário e  sugere um biomorfismo, surgindo daí formas e padrões associados ao sentido de imersão do universo dos pequenos seres e trazendo-os à tona.
Assim como outros realistas mágicos brasileiros fizeram na década de sessenta, aproximei-me também da arte-pop, tanto no uso das fortes cores quanto no uso das colagens que vêm dos recortes de pessoas famosas ou não, retiradas de revistas e jornais. Retrabalhei-os, misturando-os e envolvendo-os com estes símbolos e signos ao mesmo tempo transformando-as em uma grande alegoria.
Minha pintura é intuitiva sem necessidade de um projeto ou mesmo um estudo a priori. O gestual a relaciona diretamente com o expressionismo abstrato, mas mantém como características intrínseca um processo de caráter figurativo que, paradoxalmente, se conecta com a livre associação do surrealismo.

Publicação da revista Arte e Estilo


O Escaravelho


Margaridona


Crocodilo sob o Egito Antigo


Borboleta Azul sobrevoando o gato verde