sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Desde os seus primeiros trabalhos, Cláudia Menezes desenvolve questões pictóricas em diferentes suportes. Em uma maneira livre, exuberante e criativa, lança mão dos recursos específicos de cada meio para expressar, com alegria e humor, o seu imaginário pessoal fortemente influenciado por mitologias primitivas. Com apetite antropofágico digere figuras e narrativas de origem africana, indígena, chinesa e indiana, entre outras, e as devolve sobre tela, ressignificando-as em uma riqueza de formas e abundância de cores fortemente contrastantes. Porém, sua pintura ultrapassa os limites definidos do étnico – ela é mais do que isso. Submetida a um exame cuidadoso, percebe-se uma ambiguidade entre o que é real e o imaginário representada por formas biomórficas sofisticadas nascidas de um olhar e de habilidades técnicas desenvolvidas sob a influência do design contemporâneo, da arte pop e da estamparia industrial. Ana Grebler

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