quinta-feira, 27 de março de 2014

Conceituação poética.

Meus trabalhos remetem por vezes à simbologia que provém dos cultos afro-ameríndios e dos Impérios da Antiguidade (Egípcios, Bizantinos, Maias), além dos Hindus, Africanos, Indígenas. Por outro lado, flertam de perto com um imaginário que sugere um biomorfismo surgindo daí formas e padrões associados ao sentido de imersão do universo dos pequenos seres trazendo-os à tona.
Gosto de empregar coloridos livres, contrastes estridentes criando fortes tensões visuais. 
Creio que o resultado desse processo de livre associação orgânica e visceral de símbolos provenientes de universos muitos diferentes, pode estar relacionado ao que Lelia Coelho Frota conceitua como mito-poética dos artistas auto-didatas que trabalham a partir de suas memórias afetivas e são, comumente, tidos como "ingênuos". Que, usualmente, praticam o "realismo mágico", um gênero criado pelos críticos europeus para classificar uma arte que é comum em território latino-americano.
O meu trabalho é resultante dessas duas vertentes: expressionismo abstrato e processo de caráter figurativo, paradoxalmente, da livre associação do surrealismo. Minha pintura é intuitiva sem necessidade de um projeto ou mesmo um estudo a priori.

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